Desde o mês de abril, nós professoras ADIs de Taboão da Serra, vimos fazendo inúmeras reuniões e participamos de várias manifestações em defesa do nosso reenquadramento no estatuto do magistério.
A Comissão Independente de Professoras ADIs, trouxe à tona uma série de reivindicações e demandas levantadas desde a greve do funcionalismo em 2005.
Neste processo de luta não faltaram argumentos para nos desmotivar: "inconstitucionalidade do reenquadramento", ... Destes argumentos compartilhavam vereadores, diretores de escola, os dois sindicatos que dizem nos representar (SINDTABOÃO e SIPROEM), o secretário de educação e todos os "especialistas de plantão".
Mas, pela nossa persistência e o apoio que conquistamos para a nossa luta (mães, pais, população em geral, imprensa, movimentos organizados, etc....), que culminou com a paralisação de 6 de setembro, o governo/secretário de educação foram obrigados a reconhecer uma comissão de representantes da nossa categoria. No dia 14 de setembro foi eleita uma comissão de negociação, composta por 9 professoras ADIs, representando todos os setores, com o objetivo de avançar, do ponto de vista jurídico e financeiro, o reenquadramento de todas as professoras ADIs.
Com o apoio/assessoria da advogada Dra Eliana Lúcia Ferreira (especialista em direito educacional), elaboramos um documento a ser analisado pela secretaria de educação, entregue/protocolado em 10 de outubro (cabe ressaltar que o dossiê, contendo todos os processos de reenquadramento, vitoriosos em outros municipíos, através da Dra. Eliana, foi entregue no dia 2 de setembro. Além da audiência pública que protocolamos o mesmo dossiê, na câmara municipal).
De lá para cá, não houve por parte da secretaria de Educação, com relação aos documentos, nenhuma devolutiva, bem como nenhuma proposta de reunião com a comissão de negociação. A última negociação ocorreu no dia 28 de setembro.
No entanto o que fomos obrigadas a assistir é uma verdadeira provocação e falta de respeito: reajuste salarial de 15% apenas para os professoras (chamados pelo secretário ,de profissionais da educação, ignorando solenemente nós professoras Adis, ADEs, Inspetores, escriturários, auxiliares administrativos e PAPs), 20% de reajuste para os livre nomeados e ingresso na rede, no mês de novembro, de cerca de 200 professores concursados sem sala e sem sede, com o novo salário de R$2185,00.
A falta de respostas da secretaria faz com que oportunistas, que até pouco tempo atrás, se posicionavam contrários ao nosso reenquadramento, se aproveitam da nossa ansiedade, para se autopromoverem e construir base eleitoral para as próxima eleições, acenando inclusive com a possibilidade de uma reunião com o prefeito e representantes das professoras ADIs. Foi o que fez o vereador Onishi. O inacreditável é que, posteriormente chegaram ao absurdo de propor uma reunião de uma nova comissão, escolhida a dedo, com o prefeito, desrespeitando a comissão de negociação formada em 14/09.
Nós, da Comissão Independente das Professoras ADIs, não temos acordo com nenhuma proposta de outra comissão. Qualquer reunião para tratar do nosso reenquadramento, seja com o Secretário de Educação ou o Prefeito, que seja oficialmente convocada, informando cada uma das representantes eleitas e a nossa advogada.
2011 está terminando. Faltam 21 dias para o término do ano letivo. O que nós esperamos da Secretaria de
Educação e Prefeitura, é o mínimo de respeito conosco, que trabalhamos na educação do Taboão, contribuindo decisivamente para que esta tenha o título de Cidade Educadora.
Educação e Prefeitura, é o mínimo de respeito conosco, que trabalhamos na educação do Taboão, contribuindo decisivamente para que esta tenha o título de Cidade Educadora.
Queremos, precisamos, merecemos e exigimos uma resposta oficial da Secretaria de Educação/Prefeitura do Taboão já!
ADI É PROFESSORA SIM! TEMOS OS DEVERES, QUEREMOS OS DIREITOS!
É revoltante a forma como a prefeitura/secretaria de educação de Taboão da Serra, seguem solenemente ignorando os direitos das Professoras ADIs.
ResponderExcluirA Cidade Educadora é "fora da lei", por não enquadrar as ADIs no estatuto do Magistério; ao não considerá-las junto com as ADEs, inspetores, escriturários, agentes administrativos e PAPs profissionais da educação; ao não remunerá-los como têm direito com os recursos do FUNDEB; ao não cumprir a Lei Municipal 1853/2009, que estabelece o número máximo de alunos por sala.
Precisamos nos unir às Professoras ADIs e lutar por educação pública de qualidade. Eu apoio integralmente, por isso faço parte desta luta!
Sandra Fortes (professora da rede municipal do Taboão)